Gosto de ti quando estás triste. Gosto de ti quando tens medo. Gosto de ti quando a ansiedade te impede de ouvir o que te digo. ou quando te zangas com o que ouves. Gosto de ti sempre. Claro que gosto de te ver sorrir. Mas não é pelo sorriso que gosto de ti. Não, não tens de estar feliz. Quando estiveres triste, estarei aqui, à espera que me contes das razões que te entristecem. Ou que não digas nada, se não quiseres. Manda-me embora, se quiseres estar só. Se me chamares, eu volto. Podes demorar os teus tempos, todos os tempos. Eu tenho tempo. Para ti, tenho sempre tempo. Mesmo que andes triste muitas vezes. Mesmo que as razões me pareçam parcas ou frouxas. Ou que nem tenhas razões. Se estiveres triste, se te zangares, se te acometer a angustia, continuo aqui. Não para te convencer de que não há motivo para tal. Não para te dizer que vai ficar tudo bem, que está tudo bem. Porque não está. E não faz mal. Não te pedirei para sorrires e seres forte se precisares de chora...
a história de uma t-shirt, em tempos de quarentena