Não me digas que estás outra vez com os azuis! Olha que eu já não aguento! Vinha com boas intenções; trazia no regaço uma dália de pétalas rubras, mas assim, se estás com os azuis, mais vale que regresse noutro dia. Não estou para sorrisos amarelos. Talvez volte no crepúsculo, quando estiveres a pender para o anil. Havia poeira no caminho que me trouxe. Ocre como canela ou açafrão. Pareceu-me um bom presságio, achei que te encontraria hoje com mais condimento. Afinal, lá estás tu, outra vez com os azuis! Que só sabem a gelo e a sal. Já não sou verde nestas coisas. Devia ter suspeitado, quando me deixaste toda a noite em branco.
a história de uma t-shirt, em tempos de quarentena