Perto de completar quatro décadas e meia, já dá para ir tendo uma ideia do que isto é. Do que conta. Do que importa e do que não vale um chavelho. Ao longo da minha existência, (que deve andar perto do meio, julgo eu, que tenho a ambição de chegar aos 100, com lucidez e saudinha), fui passando por algumas situações extremas que me obrigaram a alinhar os pratos da balança. Quem não? Talvez uns poucos, afortunados ou distraídos. O extremo, para mim, é a possibilidade de perder ou ver sofrer as pessoas que amo. Claro que há outro nível de situações extremas, não tão íntimas, que me abalam e dão que pensar, mas que, por não mexerem diretamente comigo, não sendo eu uma Madre Teresa, não me abanam até aos alicerces. Se deviam? Talvez devessem. Mas ainda não atingi esse nível de abnegação. Quem sabe, nas próximas décadas. Por enquanto, as minhas grandes vulnerabilidades residem no sofrimento dos meus. Há poucas coisas tão cruéis como vermos faltar o ar a alguém, sem conseguirmos s...
a história de uma t-shirt, em tempos de quarentena