
Depois de algumas cabeçadas (literais e figuradas), depois de concluir que estava na hora de me deixar de merdas e de lágrimas e depois de mandar estampar numa t-shirt essa que foi uma das decisões mais sábias da minha vida (ainda que ligeiramente ilusória), achei que talvez fosse boa ideia começar a escrever.
E foi assim que nasceu o blogue cor-de-rosa para onde fui despejando os meus pensamentos, para gáudio de uns, indignação de outros, e que levou a outras histórias que talvez um dia venha aqui a contar.
Entretanto, por várias razões que não importam, até porque quase todas são apenas desculpas, o blogue foi encerrado.
Até há dois dias atrás.
Há dois dias atrás chorei. E chorei muito. Chorei tanto que à noite pensei que ia ter um ataque de pânico. Chorei tanto que soube que precisava de uma t-shirt que fisicamente não posso ter, e que a gaja que não chora tinha de parar de chorar.
Então ontem, ao acordar, tomei uma decisão: são muitos dias pela frente e é imperativo que cada um de nós faça o possível para manter o ânimo em alta.
Numa casa em que estamos confinados, sempre com as mesmas 2, 3 ou 4 pessoas, se começarmos a deitar as lágrimas cá para fora em torrentes, a disparatar ou a amuar, vai correr mal.
Não estou a ser insensível. Nem despreocupada. Nem estou com a mania. (Pausa. Recolham as facas.) Sei que vou continuar a quebrar algumas vezes ao longo do tempo, mas vou tentar que se note pouco (até porque os abraços estão interditos). E também vou tentar dar aos outros um motivo para sorrir ou até, quem sabe, para uma gargalhada. Porque rir, por estes dias, é mesmo, MESMO, preciso.
Numa casa em que estamos confinados, sempre com as mesmas 2, 3 ou 4 pessoas, se começarmos a deitar as lágrimas cá para fora em torrentes, a disparatar ou a amuar, vai correr mal.
Não estou a ser insensível. Nem despreocupada. Nem estou com a mania. (Pausa. Recolham as facas.) Sei que vou continuar a quebrar algumas vezes ao longo do tempo, mas vou tentar que se note pouco (até porque os abraços estão interditos). E também vou tentar dar aos outros um motivo para sorrir ou até, quem sabe, para uma gargalhada. Porque rir, por estes dias, é mesmo, MESMO, preciso.
E assim, pus-me a pensar nessa miúda que estampou uma t-shirt e começou a escrever disparates, alguns até a propósito,que irritavam umas pessoas, mas distraiam um bocado umas outras, e conclui que esta era realmente a altura para a procurar.
Encontrei-a. Está um bocado mais velha. Quiçá mais ponderada. Vai-se a ver e até dirá menos disparates. Ou não.
Com a t-shirt de quarentena a 316km de distância, a Gaja... não chora!! voltou a habitar a blogosfera.
Welcome again :)
ResponderEliminarBem vindaaaa. Adorei o texto. Vou seguir "gaja não chora" com muita curiosidade.
ResponderEliminarGostei muito. Obg.a. já chorei, já me zanguei com tudo e, agora, já não me apetece. Fiquem bem.
ResponderEliminarA blogoesfera actual não vai perceber nunca mas mesmo nunca os anos de loucura colectiva... dos saraus de disparates... das terapias de grupo... de tanta tanta coisa...
ResponderEliminarMas gaja... não chores... pq senão a outra gaja chora tb... e não podemos estragar a maquilhagem.
Luv ya to the moon and back! A 316km de distância...
love ya 2 sis
Eliminar